janeiro 20, 2007

Não mexa no maldito rádio!

Na minha opinião existe um ponto muito positivo no casamento. Ao se unir, o homem ganha a chance de compartilhar sua vida com uma pessoa que se tornará muito mais do que uma esposa. Ela se torna companheira, amante, amiga, confidente... puxa, como seria bom se tudo fossem flores!

A verdade é que com os adjetivos positivos, vêm os negativos, e sem dúvida nenhuma, o que me bota mais medo é o de co-pilota. Sim, isso mesmo, uma co-pilota! Caso você não saiba, esta é uma das facetas que as esposas mais gostam de assumir durante um casamento. Quanto a Karen, posso dizer que a função deixa ela particularmente excitada.

Você já percebeu como as mulheres amam dar pitacos sobre caminhos, manobras, aceleração, atalhos, ultrapassagens e tudo mais que envolve o ato de dirigir? E quando digo que a minha acha esta coisa toda legal, não estou brincando: além de tudo isso, a Karen ainda tem uma predileção mórbida por ficar mexendo em funções como o desembaçador e o limpador de vidros. Ela costuma dizer que eu preciso tirar as gotas de chuva que começam a cair porque ela não consegue enxergar direito. Mas sou eu que estou dirigindo, oras bolas!?!

O leitor quer saber se tudo isso me irrita? Bem, no começo sim, mas depois de perceber que todas as esposas fazem isso - algumas em tom bem mais compulsivo e esquizofrênico do que a minha - passei a levar a coisa como algo normal.

É preciso ficar atento aos primeiros sinais desta "mania", já que se você não tomar uma atitude para sanar o problema logo de cara, esqueça, rapidamente ele se tornará uma doença em estágio avançado e sem cura.

Para que este mal não avançe, sugiro algumas técnicas e "remédios", como por exemplo andar sempre com um guia de ruas, para provar que seu caminho é o menor, informar que opcionais como o desembaçador e o ar estão quebrados e que se ela tentar fechar seu vidro para evitar que o cabelo dela se desarrume com o vento, ela tomará um choque, pois um fio está em curto ali no botão.

Umas outras são até mesmo "perigosas", como por exemplo falar para a co-pilota se tornar a pilota. Só adote o expediente caso você não tenha apego ao carro e seu seguro cubra acidentes com terceiros ao volante.

Mas talvez o que mais me enerva nesta co-pilota é o fato dela querer comandar o rádio do carro. Este é um mistério que me intriga: por que elas gostam tanto de mudar de estação? Tenho certeza de que aquela velha regra que diz que o motorista é o responsável por resolver que música ou estação tocar, simplesmente é desconhecida por elas. Eu mesmo já desisti de proibir a Karen de fazer isso. Torço simplesmente para ela se entreter com a música para me deixar ir pelo caminho errado ou fazer uma conversão proibida quando eu bem entender.